quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Simpósio - XXXVIII Encontro Cultural de Laranjeiras

Membros do Reisado de Zabelê, assim como também membros do Coletivo Atissar de Zabelê (PB), participaram do Simpósio do XXXVIII Encontro Cultural de Laranjeiras no estado de Sergipe, com o tema "Repertórios do Teatro Popular: Dramaturgia e Recriação" como forma de ampliar o conteúdo e favorecer a formação de todos.

Augusto Ribeiro, que formou a mesa, falou um pouco sobre os seres fantásticos e humanos, além dos adereços, indumentárias e instrumentos que existem na Cultura Popular e que o Teatro Popular se apropria disso para os seus espetáculos, e de uma forma maior no teatro de mamulengos.




Então, Augusto Ribeiro termina sua fala demonstrando um pouco do Teatro de Mamulengo com o Mamulengo de Cheiroso/SE.
 





Maurelina Santos diz: "O Mestre é o guardião dos fatos, aqueles que a história não quis registrar." E convida o Mestre Zé Rolinha a iniciar sua fala.

O Mestre Zé Rolinha, disse que não é graduado, nem catedrático  mas, gosta da Cultura Popular e é nisso que quer se formar.
Falou que os grupos passam de geração em geração, de mão em mão, e quando criança, começou a brincar no Lambe Sujo e Caboclinho. "Então comecei a brincar de rosto pintado e terno."
Movido pela curiosidade e pela rigidez dos mestres da Década de 60, ele assumiu um grupo que foi designado pelo seu Mestre, Mestre Osvaldo.
O que faz o grupo Lambe Sujo e Caboclinho ser tão atraente, são os ritmos do Maracatu e do Maxixe.





Mestre Zé Rolinha, mostra algumas músicas cantadas durante a apresentação do Lambe Sujo e Caboclinho, com uma Cuíca, típica do festejo, que é um dos instrumentos mais antigos do seu acervo.
"Samba nego, 
Branco não vem cá.
Se vier,
pau tem de levar"




Maria Laura (UFRJ), falou sobre os rituais e todo o universo que gira nesse entorno, e diz que Todo comportamento humano é ritual.
E fala bem do fluxo do tempo, das sequências, e das diferenças formas e datas das mesmas expressões populares, um exemplo bem visível é a Brincadeira de Boi, que no Nordeste acompanha o Ciclo Natalino, no Sudeste acompanha o Ciclo Carnavalesco e no Norte acompanha o Clico Junino.

Maurelina Santos: "Silêncio também é Cultura"







Iniciou-se o debate e o público participou ativamente indagando e fazendo excelentes provocações aos palestrantes.











Segue a discussão em torno de transmissão de conhecimento pela oralidade, da usura do tempo, que busca a autenticidade dos grupos e das manifestações.


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